Eleições no Brasil e representatividade: alguns resultados importantes

O primeiro turno das eleições brasileiras de 2022 passou e fica a pergunta: o que o Brasil ganhou em termos de representatividade no Congresso? Continue a leitura e veja alguns dados importantes da pesquisa +Representatividade

Que as eleições de 2022 trouxeram novidades e avanços, todos sabem. Afinal, essa disputa foi marcada pelas articulações estratégicas dos povos indígenas, da população negra, LGBTQIAPN+, mulheres e demais grupos sub-representados  para tornar o Congresso Nacional um lugar mais representativo. Toda essa articulação também foi uma ação de resistência e luta por direitos dessas populações que nos últimos anos viveram uma série de ataques que custaram a vida de muitos dos seus. E quais foram os resultados obtidos? Temos ou não um Congresso Nacional mais plural? 

A pesquisa +Representatividade, organizada por nossa equipe de pesquisadores, traz alguns dados que podem responder às perguntas do parágrafo anterior. Então, para saber mais sobre os avanços no que diz respeito à representatividade, leia os tópicos a seguir.  

Um Congresso Nacional plural e diverso: temos ou não? 

Dados da pesquisa +Representatividade mostram que em alguns setores houve avanços e em outros não. Alguns partidos – como o União Brasil e o PSD (Partido Social Democrático) – tiveram somente candidaturas de pessoas brancas eleitas para o Senado Federal. Porém, outros partidos – como o PT (Partido dos Trabalhadores) e o Republicanos – elegeram bancadas mais diversas. Nessas eleições, o PT elegeu 4 pessoas para o Senado Federal: uma pessoa negra, uma pessoa indígena e duas pessoas brancas. Já o Republicanos possui dois novos senadores: uma pessoa branca e uma pessoa indígena. 

Se em posts anteriores, destacamos a ausência de pessoas trans e travestis eleitas para os cargos do Congresso Nacional, agora a situação é bem diferente. Pela primeira vez na história, duas travestis ocuparão cadeiras na Câmara Federal: Érika Hilton (PSOL/SP) e Duda Salabert (PDT/MG).

Povos indígenas e povo negro no poder

Em 2022, o número de deputadas negras e deputados negros no Congresso superou o percentual de 2018 – ano em que 123 pessoas negras foram eleitas para esses cargos. Agora, esse número subiu para 135, o que representa 26% do total da Câmara Federal. Dos partidos que elegeram pessoas negras para a Câmara estão o PROS (Partido Republicano da Ordem Social), PT (Partido dos Trabalhadores), PL (Partido Liberal) e PCdoB (Partido Comunista do Brasil).

Joênia Wapichana entrou para a história do Brasil como a primeira mulher indígena eleita deputada federal por Roraima, em 2018. Apesar de não ter sido reeleita em  2022, outras  4 mulheres indígenas conquistaram agora  este mesmo cargo. Além delas, um homem indígena foi eleito deputado federal e representará Minas Gerais na Câmara Federal. O número de candidaturas indígenas em 2022 superou o de 2018. Se em 2018 o Brasil tinha 134 candidaturas indígenas, em 2022 esse número subiu para 175.

Conheça a pesquisa +Representatividade 

Combinando pesquisas de opinião, grupos focais e entrevistas em profundidade com candidatos e candidatas nas últimas eleições municipais, a pesquisa +Representatividade oferece uma visão inédita e aprofundada sobre algumas ações que podem ajudar a  aumentar a viabilidade eleitoral de candidaturas de grupos sub-representados. A pesquisa analisa dados antes e após as eleições. Para saber mais sobre o projeto e as pesquisas anteriores, basta clicar aqui

E você, o que pensa sobre este assunto? Para você, houve um crescimento da representatividade no Congresso Nacional? Deixe aqui a sua opinião. Que tal fortalecer essa ideia? Compartilhe este conteúdo nas suas redes sociais para que mais pessoas conheçam a pesquisa +Representatividade. 

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